Fazer felizes as crianças da nossa terra

         “… a civilização trouxe-nos regalias e concede-nos direitos que temos que defender e alargar, ora, entre eles, os maiores e os mais distintos são, sem discussão, os direitos da criança…” (Bissaya Barreto. Uma obra Social, 1970, 148).

A defesa dos direitos da criança marcou profundamente toda a vida e obra do professor Bissaya Barreto. A Fundação Bissaya Barreto tem, nos seus mais de 60 anos de existência, trabalhado no sentido de honrar este legado material e imaterial tão importante, mantendo-o e ampliando-o, através dos vários serviços que disponibiliza e dos projetos de intervenção social que desenvolve no sentido de atender as necessidades das populações e em particular das crianças mais desprotegidas.

A convicção de que vale a pena investir nos primeiros anos e na elevada qualidade dos serviços de educação e cuidados para os 0-3 anos, tem vindo a ganhar cada vez mais terreno na Europa. Mas, apesar da evidência, e das vontades, membros das sociedades continuam a ser deixados muito para trás e isso irá afetar as suas vidas agora e no futuro. A garantia do respeito pelas crianças e pelos seus direitos depende sobretudo das escolhas políticas e éticas que cada país faz ao responder às perguntas: Que mundo desejamos construir? O que queremos para as nossas crianças? Qual é a nossa imagem de criança? Para que servem as creches, os jardins de infância, as escolas? Que valores? Que ética? Que teorias? O que significa educar? O que significa cuidar?… Essas escolhas são o reflexo das muitas construções sociais/ imagem de criança (ser imperfeito, moldável, vaso vazio/criança competente, forte, com voz, com direitos) de cada um de nós e de cada sociedade. Essas imagens impregnam, tantas vezes subtilmente, as políticas, as leis, a investigação, a oferta de serviços e as práticas em todas as áreas, mas particularmente a educação

Esquecer que a democracia deve renascer em cada geração e que a educação é a parteira (como dizia John Dewey) e não proteger as suas crianças são erros que as sociedades pagam caro. Mas o maior custo é pago pelas próprias crianças, que veem reduzidas ou mesmo eliminadas as suas oportunidades de acesso a serviços básicos e à igualdade de oportunidades para que se possam desenvolver plenamente.

A educação é não apenas um direito humano fundamental, mas a base que garante a efetivação de todos os outros direitos e o motor do desenvolvimento sustentável.

Importa, pois, continuar a aprofundar o estudo e a reflexão sobre os mundos das crianças e sobre as escolhas que fazemos para elas agora e para o futuro. Importa, pois, que conforme ao lema que nos deixou o Prof. Bissaya Barreto, que continuemos a “Fazer felizes as crianças da nossa terra”.

Maria Lúcia Santos – Administradora Executiva da Fundação Bissaya Barreto

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