Pelas crianças, com as famílias, criamos futuro!

Nos primeiros anos de vida de uma criança rápidas mudanças ocorrem, sendo um período de grandes oportunidades para o seu desenvolvimento e aprendizagem, mas, podendo ser, também, um período de grande vulnerabilidade. A enorme plasticidade neuronal do cérebro em desenvolvimento torna-o particularmente permeável às influências ambientais, nomeadamente às relações com as pessoas significativas para a criança. Evidências científicas e empíricas ensinam-nos como genética e experiências precoces interagem e são determinantes do desenvolvimento e comportamento subsequentes. Investir nos primeiros anos apresenta um dos maiores níveis de retorno social e económico para as famílias, para as sociedades e para os países. Prevenção, identificação precoce de fatores de risco e Intervenção Precoce na Infância colocam-se hoje como prioridades.

Avanços dos conhecimentos científicos sobre o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida, e o reconhecimento da sua complexidade e natureza multidimensional, sustentam hoje as Práticas Recomendadas de Intervenção Precoce na Infância, evidenciando a necessidade de mecanismos formais de colaboração entre diferentes sistemas e serviços, bem como, do trabalho em equipa entre profissionais de diferentes áreas disciplinares. Da intervenção dirigida exclusivamente à criança com problemas ou em risco, alarga-se para uma abordagem centrada na família e na comunidade, direcionada para os contextos naturais e rotinas da criança e da família. Promover as competências e a confiança nos adultos significativos da criança (familiares ou outros cuidadores), contribuir para o fortalecimento das famílias e para otimizar os padrões de interação familiares são objetivos centrais da IPI.

Portugal tem dado passos importantes com políticas e práticas inovadoras neste domínio, nomeadamente na construção de um sistema nacional de intervenção precoce na infância. Dispondo de uma legislação específica para a intervenção precoce na infância (IPI) (DL nº 281/2009, 6 de Outubro), nela se define a IPI como um sistema integrado de colaboração intersectorial e “com envolvimento das famílias e comunidade”, enquanto garante dos direitos e da qualidade de vida e inclusão social das crianças dos 0 aos 6 anos mais vulneráveis e das suas famílias.

Acompanhar os progressivos avanços científicos é condição para melhor qualidade dos serviços prestados às crianças e suas famílias, o que exige mudanças de práticas tradicionais. É este um dos grandes desafios que se coloca e indispensável se torna a colaboração e a ação concertada de todos os intervenientes. Desde 1998 que esta é uma aposta da ANIP, prestando os seus contributos desde o desenvolvimento de projetos de IPI, formação em serviço de profissionais a nível nacional, supervisão de profissionais de intervenção precoce, até à participação direta nas Equipas Locais de Intervenção (ELI).

Tal como nos refere Luís Borges “Deitámos a semente à terra e ela fortificou. Temos hoje uma boa seara, mas temos de cuidar dela e, assim, partilhando esforços podemos olhar confiantes para o futuro da intervenção precoce em Portugal”.

Maria José Baldaia Madeira, presidente da ANIP

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