Blog – Full Width

by

Predictors of outcomes following a brief Portuguese parental nutrition intervention

Gomes, A. I., Barros, L., & Pereira, A. I. (2020). Predictors of outcomes following a brief Portuguese parental nutrition intervention. Análise Psicológica38(2), 167-179.

Resumo

Os primeiros anos de vida têm sido reconhecidos com um período crítico para moldar os padrões alimentares da criança. Embora os estudos de intervenções direcionados a crianças pequenas tenham aumentado, com resultados positivos, os moderadores dos ganhos da intervenção e a importância relativa de cada determinante do processo de mudança têm sido raramente explorados. Este estudo teve como objetivo identificar possíveis preditores dos resultados obtidos após uma intervenção parental em contexto escolar, relativamente aos comportamentos alimentares saudáveis e não saudáveis de crianças pré-escolares. Foi realizado um estudo quasi-experimental e longitudinal, com medidas repetidas avaliadas antes e após a participação no programa Maçã Vermelha. Os pais e as crianças foram recrutados em jardins de infância do ensino público e de Instituições Particulares de Segurança Social da região de Lisboa. Um total de 44 pais de crianças entre os 3 e os 6 anos aceitaram participar no estudo, e 39 cumpriram os critérios de inclusão. O programa Maçã Vermelha incluiu quatro sessões grupais sobre o crescimento e a saúde das crianças pré-escolares, as orientações nutricionais para esta fase de desenvolvimento, e as práticas parentais alimentares mais eficazes. Entre sessões, foram entregues newsletters e atividades para realizar com as crianças. Foi solicitado aos pais que preenchessem instrumentos sobre a criança (consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis, preferências alimentares, comportamentos neofóbicos/neofílicos) e sobre si (preocupação com o peso da criança, autoeficácia na promoção de uma alimentação saudável) antes (T1) e depois (T2) da intervenção. Índices mais elevados de preocupação com o peso e de autoeficácia em T1 previram significativamente o consumo de alimentos saudáveis em T2. A única contribuição significativa para o consumo de alimentos não saudáveis em T2 foi o consumo anterior desses alimentos em T1. As intervenções focadas nas variáveis cognitivas dos pais podem contribuir para mudanças positivas no consumo alimentar das crianças pequenas. Os resultados também sugerem que alvos específicos da dieta da criança podem apresentar desafios diferentes, que respondem diferentemente aos mecanismos de influência da intervenção.

Artigo completo

 

by

Literature review on early childhood education and care for children under the age of 3

Cadima, J., et al. (2020), “Literature review on early childhood education and care for children under the age of 3”, OECD Education Working Papers, No. 243, OECD Publishing, Paris,

Resumo

Esta revisão de literatura fornece uma visão global atualizada do que é conhecido sobre a qualidade dos processos de educação e cuidados na primeira infância (ECEC) para crianças com menos de 3 anos de idade. Baseia-se em estudos empíricos publicados em revistas com revisão de pares entre 2010 e 2019. Os pontos de vista atuais sobre a qualidade do processo para crianças com menos de 3 anos de idade sublinham que a qualidade do processo é um conceito multidimensional e carregado de valor. Mas há um consenso crescente sobre várias características fundamentais, nomeadamente, a proeminência das interações calorosas/responsivas, o valor tanto da educação como dos cuidados e a importância de parcerias fortes com os pais. Estudos recentes mostram ligações positivas entre a qualidade do processo e o desenvolvimento infantil. As evidências são relativamente robustas em termos das influências da formação inicial dos profissionais, tamanho do grupo e rácios para a qualidade do processo em ambientes formais, embora mais limitados para ambientes domiciliários. No entanto, é notada a consideração de interações complexas entre as características estruturais. Estudos recentes avançam ainda mais o conhecimento sobre compreensões mais refinadas da qualidade do processo.

Artigo completo

 

by

Two sides of the same well-child visit: Analysis of nurses’ and families’ perspectives on empowerment in health counselling

Borges Rodrigues, S., Parisod, H., Barros, L., & Salanterä, S. (2020). Two sides of the same well-child visit: Analysis of nurses’ and families’ perspectives on empowerment in health counselling. Journal of Advanced Nursing76(12), 3448–3463.

Resumo

Objetivos: Explorar o nível de empowerment do aconselhamento em saúde em consultas de vigilância de saúde infantil, considerando as perspetivas da enfermeira e da família; examinar os fatores que lhe estão associados. Enquadramento: O empowerment assume elevada prioridade na estratégia mundial de saúde, sendo defendido pelos seus benefícios para a saúde e bem-estar das pessoas. Desenho do Estudo: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e correlacional. Métodos: Os dados foram recolhidos entre janeiro de 2018 e outubro de 2019 a partir de uma amostra por conveniência de 82 famílias, que realizaram a consulta de vigilância de saúde infantil dos 5 anos de idade, e de 25 enfermeira, em unidades funcionais de saúde em Portugal. As famílias e enfermeiras avaliaram a mesma consulta utilizando a versão portuguesa de Empowering Speech Practice Scale, que compreende duas subescalas (a ação da enfermeira e a ação da família). Os questionários também incluiram a versão portuguesa dos instrumentos Parental Longitudinal Continuity in Primary Care e Family Nutrition and Physical Activity, questões antropométricas e sociodemográficas. Para análise dos dados utilizámos a estatística descritiva, testes-t para amostras emparelhadas, análise de variância e análise de regressão. Resultados: Enfermeiras e famílias relataram que o empowerment foi praticado num nível elevado. Os elementos do processo de empowerment mais praticados foram os da subescala de ação dos enfermeiros (e.g., construção de uma atmosfera positiva) e os menos praticados foram os da subescala de ação das famílias (e.g, revelação). Foi encontrada uma discrepância entre as avaliações realizadas pelas enfermeiras e pelas famílias no fornecimento de informação e de conselhos individualizados, na revelação, e na colocação de questões, com as famílias a relatarem pontuações mais elevadas. A formação dos enfermeiros em empowerment e em obesidade foi associada a pontuações mais elevadas na subescala de ação dos enfermeiros. A menor familiaridade da família com a unidade funcional de saúde e com a enfermeira, e famílias com crianças com pré-obesidade foram associados a pontuações nas duas subescalas. Conclusões: Embora a experiência positiva reportada pelas enfermeiras e famílias seja um achado importante, as razões para as diferenças nas percepções de empowerment requerem mais investigação. Impacto: A versão portuguesa do Empowering Speech Practice Scale pode ser um instrumento útil para avaliar os serviços, do ponto de vista dos profissionais e das famílias, e para identificar áreas de melhoria.

Artigo completo

 

by

Are Emotional and Behavioral Problems of Infants and Children Aged Younger Than 7 Years Related to Screen Time Exposure During the Coronavirus Disease 2019 Confinement? An Exploratory Study in Portugal

Monteiro R, Rocha NB, Fernandes S (2021). Are Emotional and Behavioral Problems of Infants and Children Aged Younger Than 7 Years Related to Screen Time Exposure During the Coronavirus Disease 2019 Confinement? An Exploratory Study in Portugal. Frontiers in Psychology, Volume 12

Resumo

A pandemia de COVID-19 forçou o confinamento de grande parte da população mundial de forma a prevenir o contágio. Estudos revelam que uma das consequências deste confinamento para as crianças é o aumento do tempo de uso de ecrãs (televisão, computadores, telemõveis, etc.) em casa. Este estudo exploratório pretende analisar a relação entre a exposição aos ecrãs e os problemas emocionais e comportamentais das crianças com menos de 7 anos de idade, manifestados durante o período de confinamento em Portugal, derivado da pandemia de COVID-19. O estudo controlou as variáveis sociodemográficas e de confinamento. Uma amostra de 193 pais de crianças entre os 6 meses e os 6 anos e 12 meses de idade, a residir em Portugal, respondeu a um inquérito online sobre o tempo e a forma de uso na exposição aos ecrãs das suas crianças. Os dados recolhidos foram relativos às circunstâncias antes e depois do confinamento e também exploraram o ajustamento emocional e comportamental das crianças. Os resultados revelaram uma modesta correlação entre o tempo de exposição das crianças aos ecrãs e os problemas emocionais e comportamentais estudados. Também foi descoberto que os pais podem desempenhar um papel muito importante no ajustamento emocional e comportamental das crianças durante o período de confinamento.

Artigo completo

 

by

Scaffolding patterns of dialogic exchange in toddler classrooms

Jenni Salminen, Heli Muhonen, Joana Cadima, Valentina Pagani, Marja-Kristiina Lerkkanen (2021). Scaffolding patterns of dialogic exchange in toddler classrooms. Learning, Culture and Social Interaction,Volume 28, March 2021, 100489.

Resumo

O presente estudo investiga com que frequência os episódios de troca dialógica podem ser identificados nas interações entre educadores e crianças durante as brincadeiras e atividades académicas emergentes, que tipo de estratégias de andaime os educadores utilizam durante os episódios de troca dialógica e, em última análise, que tipo de padrões de andaime de troca dialógica podem ser identificados com base na utilização de estratégias de andaime por parte dos educadores. As interações educador-criança foram gravadas em vídeo em sete países europeus, em duas salas de aula para crianças em cada país. As gravações vídeo de atividades académicas emergentes e de atividades lúdicas foram transcritas e analisadas, combinando os princípios teóricos e uma análise de conteúdos baseada em dados. Em primeiro lugar, foram identificados 69 episódios de troca dialógica. Em segundo lugar, os episódios foram analisados relativamente à utilização de estratégias pelos educadores e depois divididos em três padrões de andaime de troca dialógica que se caracterizaram por 1) ação de andaime; 2) processo de pensamento de andaime; e 3) diálogo educativo de andaime. Embora os episódios de troca dialógica identificados tenham sido relativamente raros, indicavam a competência dos educadores para a utilizaçao do método andaime para diferentes fins através do diálogo. Os resultados desvendam o potencial da troca dialógica com crianças muito pequenas e fornecem exemplos concretos de estratégias de andaime eficazes, benéficas tanto para os educadores tanto no âmbito da formação inicial como da formação em serviço.

Artigo completo

 

by

Carta da Criança nos Cuidados de Saúde Primários

2021 ficará marcado como o ano de lançamento da “Carta da Criança nos Cuidados de Saúde Primários” promovida pelo IAC- Instituto de Apoio á Criança.

A DGS – Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Prevenção da Violência do Ciclo de Vida e do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, associa-se também ao IAC na Promoção dos Direitos das Crianças, nos Cuidados de Saúde Primários, com o lançamento desta “Carta da Criança nos Cuidados de Saúde Primários”, que conta com o apoio do Município de Lisboa.

Na origem, a Carta da Criança Hospitalizada (CCH), adotada em 1988 em Leiden, Holanda, consagra os direitos da criança antes, durante e depois de um internamento hospitalar. O IAC lançou, em 1996, a 1ª edição da CCH em Portugal com os objetivos de sensibilizar a comunidade em geral para os direitos da criança nos serviços de saúde e aumentar a literacia em saúde das crianças e famílias.

Desde a 1ª edição, a divulgação da CCH teve um efeito muito positivo na humanização dos serviços de Pediatria Hospitalar, envolvendo todos os profissionais de saúde, as famílias e as crianças no seu cumprimento. Depois de anos percorridos em pediatrias dos hospitais proclamando os direitos das crianças nestes contextos, emergiu a vontade de sensibilizar profissionais, famílias e as próprias crianças para os seus direitos, no contexto dos cuidados de saúde primários que têm sido a prioridade em detrimento de internamentos e tratamentos em meio hospitalar.

Carta da Criança nos Cuidados de Saúde Primários aqui.

    Etiam magna arcu, ullamcorper ut pulvinar et, ornare sit amet ligula. Aliquam vitae bibendum lorem. Cras id dui lectus. Pellentesque nec felis tristique urna lacinia sollicitudin ac ac ex. Maecenas mattis faucibus condimentum. Curabitur imperdiet felis at est posuere bibendum. Sed quis nulla tellus.

    ADDRESS

    63739 street lorem ipsum City, Country

    PHONE

    +12 (0) 345 678 9

    EMAIL

    info@company.com